Eles permanecem, a tentar aterrorizar-nos. Condenam-nos por falta de amor, ou por excesso dele. Assumem controlo, tentam responder por nós, intitulam-nos inconscientemente.
Logo na madruga acordam-nos e revestem-nos num jeito e num gesto insensível e à noite caem sobre nós. Aproveitam o cair da neblina, quando a queda é grande e o cuidado é pouco.
Acabam é por se esquecer que todos temos telhados de vidro e fazemos todos parte de uma mesma metade. A sociedade são os morcegos. A sociedade são os demónios.
Já dizia Fernando Pessoa “A vida é tão jovem e o amor sorri”, por isso descansem, adormeçam por umas noites, caros demónios e deixem-nos ter um sentido pleno de viver.