E os dias acabam assim e os dias começam assim.
A vida tem passado por mim como um sopro passa no topo da colina.. e eu tenho acompanhado esse sopro, não fugindo à regra. Por vezes, mesmo que queiramos não conseguimos escapar. Há coisas inevitáveis, inesperáveis e inalcançáveis. Diga-se de passagem.. superiores. Superiores pelo menos à nossa inércia e à nossa vontade de vencer e de conseguir. Não conseguimos assumir o controle.. perdemos forças. Acordamos no dia seguinte, com o despertador a tocar.. são 8h da manhã, despimos, vestimos e corremos, subimos, descemos e invadimos corredores e passadiços.
Nós, seres humanos, esquecemo-nos que há sentidos.. sentidos para além das coisas, sentidos para falar, para ouvir, para caminhar ou até para chorar. Há sentidos e necessidades. 
Corremos demais para dentro de nós próprios, não nos queremos revelar.. estremeçemos de medo e somos de facto, fracos. Fracos como é o vento, como é uma ave e como é um sopro. Por mais que lutemos, fraquejamos.  
E os dias começam assim e os dias acabam assim.

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