chave

Dobram-se os compassos delicados e perspicazes ao som do ritmo suave da velocidade do relógio e do tempo que adquiriu asas a si mesmo , ao longo destes dias desfigurados, completamente esgotados de sequências e quebra-cabeças. Somam-se agora, as portas que se fecharam e divide-se pelas feridas que continuaram (e continuam) abertas e repletas de indícios deste grande invasor. Fogem á regra, escondem-se por de trás da minha sombra, deixam-se para mais tarde, guardam-se nos rascunhos, transparecem-se entre os corpos , apagam-se por segundos (se necessário) , mas o sorriso mantém-se aceso e suportado pelas minhas ricas fontes de abastecimento energético. Hoje "choro a rir".

Bateu com a porta e sussurou: até um dia.

6 comentários:

Rita da Maçaroca disse...

Gostei da ultima frase...
:)*

André** disse...

o talento está a vista de todos, Parabéns coccinelli...:)

inês alves disse...

Há sempre portas que se fecham , mas vão abrindo um dia de cada vez : )
Bom texto , babe <3

inês alves disse...

*Depende do tipo de portas. Há sempre aquelas que teimam em abrir . E por vezes é melhor trancá-la à chave , e abrir outra , pode ser que assim seja mais fácil.

Mariana disse...

a vida é preenchida de portas carregadas de surpresas para nós , umas vezes boas outras más ..
adorei , parabéns !

CARINA CASTRO disse...

Obrigado Joana :)
Gosto imenso do que escreves , mesmo!